Foto Alberto de Abreu Sodré / Communiqué
O público do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 vai ter a oportunidade de assistir os jovens talentos do automobilismo Brasileiro e ver de perto os carros da Fórmula 3 Sul Americana em duas corridas (sábado e domingo)
Muitos Pilotos de sucesso mundial como Rubens Barrichello, Helio Castro Neves, Antonio Da Mata, Lucas Di Grassi, Nelsinho Piquet, Christian Fittipaldi, Bruno Junqueira, Xandinho Negrão e Vitor Meira, para citar apenas alguns ganharam seu quinhão de experiência com a Fórmula 3 Sul-Americana.
Este campeonato da a oportunidade para jovens pilotos da América do Sul de competir em casa na categoria conhecida como “Mini Fórmula 1”. Diferente de outras Fórmulas juniores, onde pilotos recebem carros pré acertados para correr e com motores lacrados, a F3 oferece a oportunidade para o piloto aprender a acertar o carro de acordo com seu modo de guiar, ir a fundo nas questões aerodinâmicas, aspectos mecânicos, eletrônicos e a interagir com engenheiros e mecânicos da equipe na busca de um melhor acerto para o carro. Isto para não falar no aprender a lidar com a velocidade e o torque de um F3, muito maior que qualquer categoria Junior. Muitos talentos foram barrados em categorias seniores como Fórmula 1, por não terem este tipo de experiência. Mesmo pilotos que tiveram desempenho razoável em outras categorias juniores e “por um motivo ou por outro” conseguiram passar pelos portões da Fórmula 1, nada conseguiram além de uma poltrona privilegiada para assistir a corrida do fundo do pelotão.
A maior prova da importância da Fórmula 3 é que nos últimos 25 anos, foram raríssimos os casos de pilotos que ganharam um mundial de Fórmula 1 sem ter tido experiência com um F3.
Antes de 1987 quando a F3 Sul-Americana começou, pilotos como Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Nelson Piquet, para citar apenas nossos campeões mundiais, tiveram que se mudar para a Europa, muitas vezes morando em garagens para ter a oportunidade de aprender com a Fórmula 3, experiência que na opinião unanime de todos eles foi determinante para seu sucesso no automobilismo.
Ainda existem muitos críticos dos custos elevados da Fórmula 3. Entretanto é importante entender que a F3 é a principal categoria Junior, já existem várias outras com custos muito inferiores. Abaixar os custos mutilando os diferenciais que fazem da Fórmula 3 a grande escola do automobilismo mundial, tornando-a em mais uma Fórmula comum, não trará benefício algum ao automobilismo. É justamente esse diferencial tecnológico e competitivo, que faz da F3 experiência obrigatória para os que sonham em fazer os Brasileiros acordarem cedo nas manhãs de Domingo.
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